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Juiz de Fora na área de cobertura das operadoras de telefone celular

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Problemas com a rede de telefonia e internet móveis são constantes em Juiz de Fora. Comentários sobre as várias sombras de cobertura e o sinal inconstante são frequentemente escutados nas ruas de toda a cidade, não se limitando somente a áreas periféricas.

Marcela Jannuzzi é comerciante e tem um bar na avenida Olegário Maciel, próximo à rua Espírito Santo. Esse é um dos lugares de sobra que estão bem no centro da cidade. A comerciante destaca o constrangimento com os clientes ao ter que dizer que o sinal melhora do outro lado da rua ou que em algum canto do bar funciona. Marcela conta que os clientes realmente saem do bar para fazer ligações ou responder mensagens: “as vezes ficam duas ou três pessoas para o lado de fora do bar. As pessoas já sabem que aqui o sinal é que é ruim e não o barulho”.

Outra consequência dessa deficiência para os comerciantes e clientes é a dificuldade de utilizar a máquina de cartão de crédito. Esses aparelhos, que são levados diretamente às mesas para o pagamento da conta, estão cada vez mais comuns. Entretanto, eles dependem da rede de telefonia móvel para funcionar. “Até tentamos colocar a máquina aqui, mas é impossível. Porque da mesma forma que o cliente saía do bar para fazer ligações, a gente também tinha que sair para conseguir passar o cartão”, contou Marcela.

Confira a entrevista completa com a comerciante Marcele Jannuzzi:

A Câmara Municipal e o problema

Para tratar o tema, diversas audiências públicas na Câmara Municipal foram feitas. Na última delas, foi proposta a criação da Comissão Especial de Telefonia, Comunicação e Internet Móvel. O objetivo da comissão não é a avaliação do serviço ou do atendimento de telemarketing, mas trazer uma melhora efetiva do serviço: diminuição da área de sombra e ampliação da cobertura em localidades distantes, incluindo também a Zona Rural da cidade. O presidente da Comissão, vereador Noraldino Juinior, contou que o trabalho da comissão começou ouvindo separadamente todas as partes envolvidas; as operadoras, nove secretarias da prefeitura e o Ministério Público.

O vereador explicou que a intenção é incentivar as operadoras a investir com um aumento do número de antenas na cidade. As operadoras pagam anualmente R$8.700 por antena em funcionamento. Também anualmente, toda a documentação é renovada; um processo que, segundo o Noraldino, dificulta muito que as operadoras tenham iniciativa de ampliarem a rede. Em Belo Horizonte, essa renovação é feita a cada 10 anos, com o mesmo valor de R$8.700 a cada década.

O plano, então, é que haja a isenção dessa taxa anual somente para a instalação de novas antenas, sem modificar o plano das que já estão em funcionamento. Isso porque o recurso recolhido dessa taxa é destinado ao Fundo Municipal do Meio Ambiente; dessa forma o recurso, que soma R$900.000 por ano, não sofreria redução.

A expectativa é que haja uma conclusão do acordo até o final de dezembro. Nas próximas reuniões, as operadoras devem apresentar modelos de leis que facilitam a ampliação dos serviços que já funcionaram em outras cidades. Para assegurar que ambos os lados, empresas e poder público, cumpram o acordado, a intenção da comissão, segundo o vereador, é que seja feito um acordo por escrito, junto ao Ministério Público, contendo todas as ações e um cronograma a ser cumprido. Noraldino Junior comentou também da possibilidade de cancelamento de processos, por parte do Ministério Público, contra as operadoras caso os serviços tenham uma melhora significativa.

Entrevista completa com o Vereador Noraldino Junior:

A internet móvel: 3G e 4G

A qualidade, em termos de velocidade, da conexão 3G que é oferecida em Juiz de Fora é inferior a de cidades de mesmo porte. Ainda segundo Noraldino Juior, isso acontece devido a uma lei, que já não existe mais, que dificultou a fixação da tecnologia da cidade. Recentemente o JF Hipermídia fez uma matéria sobre a nova tecnologia 4G. Sobre o assunto, o vereador comenta que “algumas operadoras começaram a divulgar a internet 4g, mas os processos de licenciamento ainda estão agarrados”. Segundo ele, o que a operadora pioneira na tecnologia na cidade conseguiu em termos de antenas ainda se restringe a algumas áreas da cidade.

Por outro lado

O vereador Flávio Cheker, em seu blog, questionou as ações da comissão no que diz respeito aos níveis de radiação das antenas de transmissão e a adequação da lei municipal urbanística e ambiental à lei federal da telefonia móvel. Confira o post no blog do vereador.

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