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A Magia do Circo

O espetáculo já vai começar!

 
Michele Ferreira
Publicado em: 30/10/2013
 

O circo é uma expressão artística que faz parte da nossa cultura popular e tem como um de seus principais objetivos a diversão e o entretenimento dos espectadores. Desde a antiguidade, já se tem registro dos circos. Não como eles são hoje, com plateias que pagam para ver grandes apresentações. Na época do Império romano, por exemplo, o circo era representado por pessoas que ganhavam a vida fazendo apresentações nas ruas, nas casas de famílias nobres ou até mesmo em arenas destinadas a essas apresentações.

Já na Idade Média, grupos de malabaristas, artistas de teatro e comediantes viajavam pelas cidades da Europa com suas apresentações. Mas o circo só ganhou mesmo esse formato que conhecemos hoje (lona, picadeiro e plateia), lá pelo ano de 1769. O inglês chamado Philip Astley organizou apresentações, debaixo de uma lona, que sempre mudavam de cidade.

Existem basicamente dois tipos de circo. Um chamado circo tradicional, aquele formado por famílias, onde os filhos crescem no ambiente do circo e são ensinados por seus pais a seguirem as artes circenses. Neste tipo de ambiente, formam-se bailarinos, acrobatas, contorcionistas, mágicos e até a mulher barbada.

O outro tipo de circo é conhecido como Contemporâneo, basicamente uma escola circense que não precisa de um seguimento familiar. As pessoas ingressam, aprendem e depois podem trabalhar como profissionais. O circo contemporâneo incorpora vários elementos artísticos, como a dança, a música e o teatro. Uma nova linguagem que chama atenção pelo caráter de espetáculo grandioso.

O Circo Sucesso

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Com mais de 20 anos, cerca de 40 milhões de pessoas já assistiram algum espetáculo da trupe canadense.

Uma coisa interessante é que essa nova formatação do circo começou nos anos 80, com o famoso Cirque du Soleil. Na época, apenas um grupo teatral de um charmoso vilarejo na cidade de Quebec, no Canadá. Os artistas andavam em pernas-de-pau, faziam malabarismo, dançavam, cuspiam fogo e tocavam música.

O Cirque du Soleil pode ser considerado uma síntese da inovação do circo, porque em cada apresentação da companhia são contadas histórias com enredo, havendo cenários e vestuários próprios, além da música. A trupe canadense já montou seu picadeiro no Brasil quatro vezes, com seus espetáculos itinerantes, sempre lotando os palcos para os shows.

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Mariana Ferraz é uma apaixonada pelo Cirque du Soleil, já tendo assistido a cincos espetáculos diferentes da Companhia, inclusive fora do Brasil. Para ela, trata-se de algo encantador, devido a sua pluralidade e criatividade apresentadas. E o que chama atenção é mesmo a organização de cada espetáculo, que reúne artistas de várias partes do Mundo. Marina também lembra que o Cirque du Soleil não utiliza animais, demonstrando estar igualmente preocupado com o respeito à vida.

“O que mais me fascina é a alegria, a música e o amor que as pessoas nos passam de fazer aquilo que gostam.”

 

Já os preços não são acessíveis a todos. Mariana diz que é possível assistir a espetáculos fora do país  pagando cerca de 60 reais por ingresso. No Brasil, ela precisa se planejar antes. Quando se iniciam as vendas, as tarifas já começam em torno de 250,00 reais, um valor que contém uma boa porcentagem de impostos. Este ano, Mariana já se programou para ir ao Rio de Janeiro em dezembro, para ver o espetáculo  Corteo, desta vez com preços “menores”, cerca de 200,00 já com espetáculo em cartaz em Belo Horizonte.

Assista à apresentação do mais novo espetáculo do Cirque du Solei, Corteo!

 

 

Uma pequena escola de circo

 

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A dupla de palhaços Melancia e Jamelão

Com bem menos glamour, recursos e artistas, sobrevivendo com a alegria e o sonho de dois palhaços, encontramos, aqui em Juiz de Fora, a Escola de Circo do Carequinha . Um lugar que mistura as cores do picadeiro, com o azul do céu, no ponto mais alto do bairro Caiçaras.

Um projeto que surgiu da iniciativa de um casal de palhaços: Jamelão e Melancia. O Jamelão, na verdade, é o Senhor Dolôr Pereira, que começou a trabalhar no circo em 1970, depois de deixar o emprego de guarda de trânsito. Ao lado de Sandra Estevanovick, a Melancia, ele mantém a Escola de Circo do Carequinha. Mas isso começou lá em 2006, quando um terreno de pó batido, doado pela Prefeitura, ganhou cores e formas de circo com o apoio da Lei Murilo Mendes, promovido pela Funalfa.

A escola não cobra mensalidades dos alunos e as atividades são mantidas somente com a aposentadoria recebida por Jamelão e Melancia, que também moram no próprio local. O dinheiro é pouco, mas para complementar a renda, Dolôr faz shows, festas e apresentações, além de viver o Papai Noel no Natal.

486382_452000231522645_681686948_nA lista de atividades para a criançada é grande. Elas aprendem trapézio, malabares, contorcionismo, argola americana, lira, tecido e equilíbrio no arrame. Uma escola diferente e que virou referência circense em Juiz de Fora.

Mas a Escola de Circo precisa de mais ajuda para manter sua infraestrutura. O picadeiro, por exemplo, precisa de uma cobertura para evitar o barro, cadeiras precisam ser compradas e as cortinas também são necessárias. Qualquer ajuda é bem vinda. Doação de concreto, tijolos, tinta e mão de obra.

Confira a entrevista completa com o Sr. Dôlor, o palhaço Jamelão:

 

 

Leia também: A arte do circo!

 

JFhipermídia  foi conferir, no picadeiro, como acontece um espetáculo de circo. Assista à reportagem feita no circo Maximus,  em seus últimos dias de temporada na cidade !

 

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