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Pensando em pedalar? Saiba como e quanto investir na bike ideal para você

De amadores a profissionais, o mercado de Juiz de Fora atende a demanda cada vez mais alta de amantes do pedal

18 de junho de 2014

Por Rodrigo Gomes

 

Desde pequenos aprendemos a nos equilibrar em cima da bicicleta, iniciando com o amparo das rodinhas até o momento em que superamos a necessidade das mesmas. Para muitos, vencer esta barreira é o último dos empecilhos encontrados para se andar sob duas rodas. No entanto, a prática do esporte é muito mais abrangente do que se pode imaginar, sendo necessária grande atenção no que se pretende praticar para adquirir o equipamento correto, garantindo desempenho de qualidade e melhor aproveitamento da atividade.

Com grande procura na cidade, Juiz de Fora cresce no cenário nacional, lançando grandes nomes e sendo palco de eventos importantes do esporte, a exemplo do Campeonato Brasileiro de Marathon – MTB 2013, realizado ano passado aqui na cidade.

Percebendo o interesse dos juiz-foranos, Felipe Gomes (Mamão) conta que teve a ideia de criar o BikeLight, onde acompanha esta tendência aliando à uma melhor estrutura que incentiva aos participantes a se envolverem com o esporte de maneira agradável, saudável e com maior interação entre os membros.

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Foto de um dos encontros do BikeLight

“Aqui em Juiz de Fora tem crescido muito a procura pelo Mountain Bike e ciclismo. Foi ai que eu enxerguei que tem muita gente que compra bicicleta e fica com medo de ir na trilha, com medo de acontecer alguma coisa”, diz Felipe.

Nos passeios há o acompanhamento de uma equipe com carro – caso alguém passe mal – e também oferecem água e lanche. Há passeios para iniciantes, com pouco mais de 1 hora de duração e para os avançados com cerca de 3 horas de duração.

Hoje, a empresa que foi criada em 2010 já conta com 20 parcerias, movimentando o mercado da cidade com a participação de empresas variadas não necessariamente ligadas ao ramo esportivo.

Objetivando auxiliar o aprimoramento ou aprendizado nas duas rodas, há também a Bike School. Com o acompanhamento do atleta Toninho Toledo,  o serviço oferecido atende desde crianças que querem sair das rodinhas até profissionais que buscam evoluir.

Antônio Gomes, arquiteto, conta que começou a pedalar por iniciativa própria e, a partir de então, foi encontrando amigos para as trilhas. Mesmo se tratando de um hobby, investiu cerca de 5 mil reais na bicicleta de mountain bike e diz que o equipamento realmente faz a diferença.
” Para mim, hoje, tenho uma bicicleta de muito boa qualidade e que me atende no que preciso”, diz.
Apesar de não possuir uma agenda de treino, já participou e completou provas com mais de 30 km, provando o interesse crescente pelo esporte – e comprova que o esporte é bem livre, podendo investir sem precisar se profissionalizar.
“Hoje tenho andado muito sozinho, feito algumas trilhas. Muitas vezes saio com uns três ou quatro amigos, um telefona pro outro ou manda recado pelo celular e combinamos de sair”, comenta Antônio.

Com o desenvolvimento do esporte na cidade, todas estas iniciativas tem se cruzado, formando um público grande e com muita  interação, de onde surgem vários grupos de pedalada.

No facebook encontramos o grupo “Amigos do Pedal” com mais de 1700 membros e também o “Classificados MTB- Ciclismo JF” para troca/venda de peças para as bicicletas, com mais de 2700 membros.

 

Como investir na compra da sua bike?

 

Uma das coisas importantes na hora de escolher sua bicicleta é saber qual a modalidade que você pretende praticar. Algumas delas são: Mountain Bike , Ciclismo(asfalto, estrada), Contra-relógio, Triathlon e Downhill.

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Ricardo Lima, atleta e mecânico de bicicletas, diz que a modalidade que mais aconselha para os iniciantes é o Mountain Bike. Segundo ele, é uma categoria que tem crescido muito, com bastante possibilidades de atividades e eventos na cidade, sendo também bem versátil.

Ele diz que primeiro é importante a pessoa saber escolher o tamanho da bicicleta para que possa ser adequada ao uso correto e confortável.

Depois deve-se saber como se quer investir, se pretende comprar uma bicicleta para lazer ou para uma atividade mais séria.

“Tem o caminho do bolso, às vezes se investe mais na compra um equipamento melhor, mais leve e propicio ao que se quer praticar. Mas há a possibilidade de comprar uma bike mais barata para ver se vai se adaptar ao esporte”, diz Ricardo.

O problema da segunda opção é que, caso a pessoa opte por investir no esporte, o próprio desempenho vai ser afetado levando à necessidade da troca da bike. Nesta troca, se perde muito dinheiro que poderia ser investido em apenas uma compra.

Ele alerta que comprar uma bicicleta já equipada é o mais indicado, pois já vem com as peças de fábrica configuradas para a mesma. A opção por instalar as peças avulsas fazendo “upgrade” pode sair mais cara e não ter o melhor desempenho.

Mas para investir com seriedade no esporte, é preciso preparar o bolso.

Uma bicicleta “top de linha” pode custar o preço de um carro.  As de competição para modalidade contra-relógio chegam a alcançar valores acima de 40 mil reais.

Para uma pessoa que quer começar, considerando uma bicicleta de mountain bike ou ciclismo, o investimento ainda não é dos mais fáceis.
“Uma bicicleta considerada boa, intermediária, custa em média cerca de 5 mil reais”, comenta Ricardo.

Isto sem contar com os acessórios que influenciam muito no desempenho dos praticantes. Reserve ai mais uns 1000 reais para investimento. Veja a média de preços:

Luvas: R$80,00

Bermuda: R$100,00

Camisa: R$ 100,00

Capacete: R$150,00

Óculos: R$200,00

Sapatilha: R$300,00

Outra coisa importante para um bom desempenho e maior vida útil das peças é a manutenção da bike. Para limpeza básica da bicicleta – retirar a coroa, corrente – sai a um custo de R$50,00.

É indicado que se faça revisão para troca de óleo do freio uma vez ao ano. O mesmo acontece com o óleo da suspensão que deve ser trocado a cada 30 horas de uso.

Fazendo uma revisão geral a cada 3 meses gasta-se cerca de R$600,00 no ano com manutenção.

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