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Hora de jogar

Lívia Saenz

Postado 02/07/2014

Atualizado 07/07/2014

Os jogos de tabuleiro sempre fizeram parte do lazer de quase todas as pessoas, reunindo amigos e a família. Com surgimento do videogame e dos jogos online se tornou possível jogar com milhares de pessoas de todo o mundo, mesmo estando sozinho em casa. Mas ainda existem aqueles que preferem reunir os amigos, abrir a caixa, montar o tabuleiro, posicionar os peões e jogar.

Tabuleiro (e cerveja) na mesa

O jogo de tabuleiro mais antigo de que se tem registro é o Mancala, encontrado nas antigas civilizações do Egito e da Mesopotâmia. De lá para cá muitos outros jogos foram criados e a popularidade desse tipo de jogo só foi crescendo.

Uma parte do acervo de jogos do bar. (Foto: Acervo Pessoal)

Uma parte do acervo de jogos do bar. (Foto: Acervo Pessoal)

O interesse por essa área foi o que impulsionou os amigos Kleber Bertazzo e Pedro Paulo Mendes a abrir o seu próprio negócio. Sempre procurando um lugar para se reunir, para jogar e tomar uma cerveja, eles decidiram juntar tudo o que gostavam em um só lugar e abriram um bar de jogos.

A noiva de Kleber e uma das sócias do bar, Tatiana Vieira, acredita que os jogos são mais um motivo para reunir os amigos. “Eu acredito que seja um pretexto para as pessoas saírem e se divertir”.

O jogo mais pedido da casa é o Imagem e Ação, que tem até uma sala própria no bar, com sofás e um quadro para os desenhos. “O pessoal chega meio tímido para jogar, mas ai toma uma cerveja e começa a empolgar. É a sala que está sempre cheia”, conta Tatiana.

Joga Conclave

Joga Conclave (Foto: Acervo Pessoal)

Joga Conclave (Foto: Acervo Pessoal)

A Editora Conclave também tem apostado nesse tipo de jogo analógico e, desde o ano passado, realiza o Joga Conclave, um evento periódico que reúne diversas pessoas para jogar sem o auxílio de aparatos eletrônicos, jogos como os RPGs, jogos de cartas e, é claro, jogos de tabuleiro.

Segundo Cristiano Chaves, um dos donos da Conclave, durante algum tempo esse tipo de brincadeira ficou meio apagada do cotidiano das pessoas. Mas com a chegada dos chamados Jogos de Tabuleiro Modernos na Europa, a partir de 2000, esse se tornou um mercado em franco crescimento. “O Brasil hoje é um dos países mais promissores no gênero. Temos diversas editoras começando e um grande número de novos jogos sendo lançados”, conta Cristiano.

Na opinião dos especialistas, essa revolução dos jogos modernos se deu principalmente por dois fatores: a necessidade das pessoas de ter um divertimento social, com amigos em volta de uma mesa, ao vivo, fora do ambiente virtual; e o formato dos jogos modernos, em que as regras são simples, facilmente assimiláveis e a complexidade pode ser adicionada pelos próprios jogadores, na medida em que vão experimentando os jogos.

Segundo Cristiano é difícil dizer quais são os jogos mais procurados, já que existem muitos e para os mais diversos gostos. No último Joga Conclave o destaque foi para o jogo da editora, Midgard, que ocupou uma sala inteira e teve pelo menos 1/3 de todos os presentes no evento jogando ao mesmo tempo. Outros jogos que fizeram sucesso foram o Zombicide, que usa a temática do apocalipse zumbi de uma maneira muito divertida e bem humorada, Don Capollo, que trata de uma família de mafiosos dividindo os negócios do patriarca e o recém financiado Nosferatu, no qual os jogadores tentam descobrir quem é o vampiro infiltrado entre eles.

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