Fui para a universidade me tornar um doador, de sangue
Doações solidárias ocorrem na UFJF; conheça outras formas de ser um doador
Laís Cerqueira, postado em 26/03/2014
Na manhã de ontem, dia 25, foi realizada uma campanha de doação de sangue através da parceria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Fundação Hemominas. A arrecadação ocorreu no prédio da Reitoria da Universidade e também teve a assistência de servidores do Hospital Universitário (HU) e da corporação médica Unimed, que deixou uma ambulância de prontidão aos doadores.
A campanha faz parte da programação de recepção dos calouros da UFJF. Segundo a assistente social do Hemominas, Bruna Quintão, a parceria foi uma iniciativa da Universidade. “Como a comunidade acadêmica é bem solidária, a gente topou e, com esse apoio, conseguimos um resultado muito bom”, avalia. No total, foram contabilizados 65 candidatos e 51 bolsas de sangue foram coletadas. Na quinta-feira da semana passada, dia 18, o Hemominas cadastrou como possíveis doadores de medula 41 pessoas vinculadas à UFJF.
“Essas ações acontecem geralmente em março e agosto e ajuda a gente na manutenção dos estoques”, explica Bruna. Ela também cita que as doações esse ano estão, também, voltadas para todo o país se preparar para a Copa do Mundo. Ouça abaixo o áudio com o esclarecimento da assistente social a respeito do assunto.
O calouro do curso de Ciências Contábeis da UFJF, Flávio da Silva, esteve presente na campanha realizada ontem. “Tem muita gente precisando dessa ajuda, e não custa dar uma força”, alega. “Eu acredito que não seja um processo difícil e, com certeza, vale à pena.”
Para atender os hospitais da região, o banco de sangue de Juiz de Fora precisa de cerca de 150 doadores por dia. Para realizar uma doação, não é preciso agendar horário no Hemominas, que se localiza na rua Barão de Cataguases, próximo ao cruzamento da avenida dos Andradas com a avenida Rio Branco, no centro de Juiz de Fora. No site da fundação estão listadas as condições para se doar sangue e os cuidados que precisam ser tomados após a doação.
Redes sociais ajudam a divulgar demais alternativas de doações
A diretora-executiva de uma agência especializada em comunicação digital, Gihana Fava, se motivou a fazer um tipo diferente de doação através de uma rede social. Ela descobriu a página do grupo Cabelegria, que se dedica à arrecadação de cabelos para a confecção de perucas para crianças com câncer.
Como o Cabelegria se localiza na cidade de São Paulo, as doações podem ser encaminhadas através do correio. “Achei bem curiosa a ideia”, conta Gihana. “Como estava com o cabelo muito grande, curti a página para que quando eu fosse cortar o cabelo eu lembrasse de doar.”
Quando chegou o momento de realizar a doação, Gihana também aproveitou para divulgar a ação via Facebook. “Eu tenho paixão por responsabilidade social desde a Facom”, conta, se referindo à Faculdade de Comunicação da UFJF. “Participei do Núcleo de Responsabilidde Social da Acesso e trabalhei dois nos na UFJF com a área. É um assunto que sempre me despertou a atenção e inclusive já foi tema de pesquisa na minha pós-graduação em Comunicação Empresarial.”
“Por causa desse histórico, superei minha vergonha e resolvi postar a foto exatamente para incentivar outras pessoas a doarem”, relata Gihana. “Se a gente posta notícias, coisas engraçadas e algumas bobagens na timeline, por que não postar algo que possa propagar boas ações?”, questiona. “Inclusive já estou pensando em publicar a próxima vez que for doar sangue.”