Marco Feliciano em Juiz de Fora
Daisy Cabral
Publicado em 10/11/2013
Aonde ele vai, protestos e manifestações vão junto. A notícia da vinda do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado e pastor à Juiz de Fora já está causando reboliços. Marco Feliciano integra o corpo político do país e é um dos líderes religiosos nacional mais amado pelos fiéis. E é essa junção que muitos acreditam ser perigosa e tendenciosa.
O motivo que traz o deputado à cidade é uma convenção religiosa organizada pela Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã (Ibrem) que acontecerá nos dias 14, 15 e 16 de novembro, com a presença confirmada dos pastores Marco Feliciano, Elson de Assis, Júnior Souza, dentre outros.
Representantes da Ibrem afirmam que já estão cientes da movimentação dos ativistas e que são a favor do direito de protestar pelos seus ideais, mas que existe também a liberdade ao culto, às crenças de cada um. De acordo com organizadores do evento, Marco Feliciano virá à cidade como pastor e não como deputado.
Essa “rixa” entre o deputado e alguns grupos, como o movimento LGBT, teve como fermento algumas declarações polêmicas feitas por Marco Feliciano. “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”, “A podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição”, estas frases foram publicadas pelo pastor em sua conta no twitter no dia 31 de março de 2013. Afirmações como essas movimentaram as redes sociais e as ruas, gerando uma onda de protestos contra o preconceito, principalmente pelo fato de Marco Feliciano fazer parte da administração do país. (Mais frases polêmicas do deputado)
Oswaldo Braga, representante da diretoria do Movimento Gay de Minas (MGM), é um dos organizadores do movimento contra a presença de Marco Feliciano em Juiz de Fora. Oswaldo explica que Marco não consegue separar o deputado do pastor e que o protesto é contra a “pessoa Marco Feliciano” e não contra a igreja Evangélica.
O representante do MGM enfatiza que a manifestação e “contra a presença do deputado em Juiz de Fora” e ressalta que “nós não podemos concordar com a presença em nossa cidade de um deputado que seja homofóbico, que seja machista e que seja racista”. Oswaldo ainda acrescenta que ele ocupa uma cadeira no poder público “onde ele não é bem vindo”.
Confira a entrevista na íntegra clique aqui.
*Catedral do Avivamento *PSC *CDHM SAIBA MAIS…
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