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Saúde física e mental na melhor idade

Por Ana Clara Campos
Publicado em: 26/08/2013

A vida a partir dos 60 anos pode ser muito difícil. O peso da sabedoria se acumula e pode refletir no corpo e na mente. O JF Hipermídia já falou sobre a importância das atividades culturais na vida dos idosos e sobre o acesso à internet por pessoas com mais de 50 anos.

Algumas das doenças mais comuns na terceira idade podem ser prevenidas ou amenizadas com os exercícios físicos corretos e atividades que estimulem a mente a trabalhar. Confira:

Mantendo o corpo em ação

Para falarmos sobre as atividades físicas que podem melhorar a qualidade de vida dos idosos, conversamos com o educador físico Bruno Ricardo Rocha.

JF Hipermídia: Quais são as atividades mais recomendadas para pessoas com mais de 60 anos e por quê?
Bruno: A gente recomenda principalmente a musculação, em conjunto com atividades aeróbicas como caminhada, corrida, bicicletas, natação, dentre outras. A musculação promove maior fixação de cálcio nos ossos, auxiliando na prevenção e no tratamento da osteoporose. Aumenta a força muscular, o equilíbrio e a flexibilidade,  diminuindo a incidência de quedas e fraturas.

JF Hipermídia: Existe algum exercício que não é recomendado?
Bruno: Se o idoso não tiver nenhuma limitação funcional, poderá praticar todas as atividades. A limitação funcional se trata de habilidades necessárias ao esporte, movimentos do dia a dia que denotam autonomia e independência funcional.

JF Hipermídia: Quais os cuidados que se deve ter na prática de exercícios físicos, especialmente nessa idade?
Bruno: Acredito que se deve apenas evitar exercícios físicos com exigências motoras muito relevantes.

JF Hipermídia: Existe algum exercício específico para prevenção ou tratamento de doenças como o Parkinson e a Osteoartrose (desgaste das articulações)?
Bruno: A atividade física regular diminui a mortalidade de portadores Parkinson como outras doenças, como por exemplo a hipertensão arterial. Portadores de osteoartrose devem praticar atividade física regular, desde que adaptada à sua condição.

 Assista aqui um vídeo que fala mais sobre os benefícios e malefícios direcionados à terceira idade.

 

Faz bem para a mente 

Ingressar em um curso de graduação após os 60 anos é indício da existência de mais disposição do que a maioria dos jovens universitários: o aluno mais velho precisa passar pela experiência de ser “exótico” naquele ambiente e por uma possível dificuldade de se integrar ao novo núcleo social.

O coordenador do curso de Gastronomia do Centro de Ensino Superior (CES), Tibério Alfredo Silva, aponta como desafios o alto nível de exigência pessoal dos mais velhos e o fato de o aluno mais velho ter que lidar com descompromisso e uma menor seriedade mostrada pelos alunos mais jovens em sala de aula, exatamente pela diferença entre os objetivos de um e de outros.

Porém, Tibério observa que o impacto demonstrado pelos mais jovens ao encontrar em sala de aula os “tiozinhos” se transforma em exemplo de vida: “Em alguns casos, os mais velhos servem como referência pessoal, pois vários deles são pessoas realizadas socialmente e financeiramente, que estão dividindo o mesmo espaço de ensino e aprendizagem com os mais jovens”.

A psicóloga Maria Tereza Alves Felipe diz que quem aceita desafios e se dispõe a conhecer algo novo se sente mais confiante e mais à vontade para conviver e se relacionar com outras pessoas. “Cursar uma faculdade é, certamente, uma opção estimulante, seja sob a ótica da atividade intelectual ou sob a ótica de novas possibilidades de socialização”, diz.

Para a psicóloga, fazer faculdade nessa faixa etária é uma forma de se evitar a depressão e a demência decorrentes da idade. “Manter a curiosidade depois de 50 anos de rico repertório de vida é acreditar que não se sabe tudo, que ainda há algo a ser aprendido”, afirma.

Confira o que as palavras cruzadas podem trazer de benefício para os idosos.

Como funciona a memória dos idosos? Leia aqui.

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