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Vida de Caminhoneiro

Caminhoneiros trazem, juntamente com os produtos que estes levam até as pessoas, muitas histórias e aventuras vividas por aqueles que passam grande parte de suas vidas a longas distâncias dos entes queridos, fazendo entregas e aproveitando para conhecer “cada palmo dessas estradas”, como diria a boa e velha musica de Zezé di Camargo e Luciano.

 

Por Elisa Macedo

Postado em 23 de abril de 2014

O Brasil conta com mais de 1 milhão de caminhoneiros, segundo a Associação Nacional das Transportadoras de Carga e Logística. Mesmo com o desenvolvimento e crescimento na utilização de aviões e navios, que geralmente não fazem a entrega do produto até o destino final, tarefa esta que fica por conta do transporte rodoviário continua tento papel primordial na entrega de produtos e bens.

Percurso feito por caminhoneiros que passam pela região de Coronel Pacheco. Foto: Elisa Macedo

Percurso feito por caminhoneiros que passam pela região de Coronel Pacheco.
Foto: Elisa Macedo

Mas, muito além de carretas e caminhões, baús e carrocerias estão os caminhoneiros que carregam a responsabilidade e orgulho por essa profissão. E é sobre a história particular dessas pessoas e sobre as aventuras vividas por elas que esse texto vem tratar.

Muitos começam desde bem cedo, quando ganham de presente um caminhãozinho de brinquedo do pai. Às vezes o que era para ser apenas mais um sonho de criança dá início a uma carreira de um homem já adulto.

Carlos Otávio Vieira, 49 anos, casado com Cristina Vieira, da mesma idade, pai de um rapaz de 20 anos conta que é apaixonado pela profissão desde criança. Inspirado no pai que também trabalhava como caminhoneiro, assim que teve idade para dirigir, Carlinho, como prefere ser chamado, não pensou duas vezes, virou motorista de caminhão e ama a liberdade que isso lhe traz.

Hoje Carlinho é um influenciador para os seus conhecidos que buscam uma forma alternativa de trabalhar. Sivoney Jose da Silva, 44 anos, trabalha a mais de 20 anos conhecendo praticamente todo o Brasil, começou a trabalhar por apoio de Carlinho e já fez muitos seguidores de seu exemplo. “O Arlei, eu que o incentivei a ser caminhoneiro”, fala a respeito do seu vizinho.

Cristina que quando se casou com Carlinho ele já trabalhava viajando com frequência, conta sobre as dificuldades enfrentadas no por conta da saudade, tempo e preocupação com o marido nas estradas e também das viagens cheia de imprevistos que já fez junto com ele.

Trabalhar com veículo de transporte dá a oportunidade de se trabalhar e fazer uma espécie de turismo ao mesmo tempo. Carlinho, que afirma conhecer praticamente todos os Estados do Brasil, diz ser apaixonado pela profissão, mas não deixa de reconhecer os riscos enfrentados nas estradas.

Dono do seu próprio caminhão, Messias Lourenço, 59 anos abandonou a vida de serviço formal para se tornar motorista de fretes em Juiz de Fora e região. Embora não faça carretos frequentes para Estados mais distantes, ele conta que essa é a profissão que o faz feliz há 27 anos.

Sua história com o seu caminhão é de longa data.

Quando mais novo, Messias tinha uma caminhonete que começou a utilizar para fazer carretos na região e como gostou de trabalhar conhecendo novas pessoas, novos lugares, decidiu comprar um veículo maior na década de 80. Esse é o mesmo caminhão que ele trabalha desde então. Apaixonado pelo Chevrolet marrom, Messias conta que já foram feitas reformas e melhorias, porém, trocar de veículo nunca foi uma opção para ele.

Muitas são as oportunidades de se viver longe da monotonia nas estradas. Amizades são feitas e influências trocadas. Para os caminhoneiros entrevistados, estar sobre as rodas de um caminhão é mais que trabalho, é paixão.

Conheça as histórias dos nossos entrevistados clicando aqui.

 

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