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Insegurança Nas Passarelas da Zona Norte

Por Elisa Macedo

Postado em 14 de abril de 2014

Atualizada às 13:59

Criadas para trazer conforto e segurança para a população, passarelas de Juiz de Fora viram palcos para atuação da criminalidade. Evitando passar pelo local, a população  se justifica com argumentos como a extensão e altura das obras, que faz com que se leve muito mais tempo para atravessar a via férrea, ou mesmo com a questão da criminalidade.

Paola Salgueiro, auxiliar administrativa, 19, moradora do Bairro Araújo, na Zona Norte da cidade, evita utilizar a passagem por temer ser vítima de algum crime. Ela prefere utilizar uma via alternativa criada pela própria população, que rompeu com os muros de contenção feitos pela MRS, empresa responsável pela construção das passarelas, juntamente com a Prefeitura de Juiz de Fora.

Segundo Paola, é frequente a presença de indivíduos com características suspeitas no local.

 

Além disso, ela conta que denúncias são feitas à Polícia Militar e que geralmente eles vão até a região e afastam os indivíduos. Porém, logo em seguida o grupo de jovens retorna para o lugar para fazer uso de entorpecentes.

O Cabo Da Silva costuma cobrir a região norte, seja na patrulha, ou no posto da Praça de Benfica e, de acordo com ele, a população pode fazer o pedido de policiamento no posto, ou pelo telefone. Ele ainda confirma que o método de ação é o mesmo explicado por Paola. Porém, segundo ele, nas vezes que ele estava em trabalho, particularmente, quase não recebia notificações sobre crimes nas passarelas da região.

Luan de Jesus Neto, estudante, 20, que precisa atravessar algumas vezes da semana a passarela do bairro Ponte Preta, diz que embora temeroso por ter conhecimento de crimes na região, prefere utilizar a passarela.

Ele adota a estratégia de evitar o contato com os jovens  que ficam no local e atravessar o mais rápido possível.

Por outro lado, com temor de que algo aconteça, parcela da população prefere evitar os passadiços a virar mais um número nas estatísticas da região.

Gabriel Freitas, cozinheiro, 26, morador do Bairro Joquei Clube II também prefere não utilizar a passarela, mas passar por debaixo do passadiço por causa do tempo que leva para passar pelo local.

Fugindo do risco da criminalidade, a população pode estar se expondo a atropelamentos e acidentes envolvendo os trens, outro assunto que tem se tornado frequente na cidade.

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Juiz-foranos buscam maneiras de lidar com a violência

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