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Acrobacias de circo ganham espaço em escolas e centros de dança

Nathália Corrêa
Postado em 21/10/13

Tecido_Juliana

Para quem deseja praticar uma atividade física, mas não curte o ritmo das academias, as atividades difundidas no circo, como as acrobacias aéreas, começam a integrar as modalidades de cursos de ginástica, dança artística e aulas de educação física. Dentre essas atividades estão o tecido e a lira, que, de acordo com a professora de tecido do Espaço da Dança, Cíntia Rezende, são as mais procuradas pelos alunos. O tecido, conhecido como tecido acrobático, tecido aéreo ou tecido circense consiste nas evoluções sincronizadas de posturas, movimentos e quedas usando um pano preso ao teto como suporte. “As pessoas ficam fascinadas com o tecido, e normalmente, são pessoas ligadas à arte. A atividade envolve a questão da superação também, pois há várias quedas até que se firme no movimento”, explica Cíntia.

Com gosto pelo tecido desde 2011,  Juliana Stempozeskas, começou a frequentar as aulas regulares no ano passado, mas garante que já cultivava um interesse pela atividade há um bom tempo, desde que conheceu a banda O Teatro Mágico, que possui intervenções circenses nos shows. A aluna explica que o bom do tecido é que ele te permite exercitar tanto a parte física como a artística. “A prática exige resistência, força e flexibilidade. Da força vem a leveza e os movimentos, as figuras criadas são uma porta aberta à expressão corporal. E quando a gente monta as apresentações, com direito a música, figurino e maquiagem, vê que também é uma forma de comunicar, de contar uma história, de por um sentimento pra fora”, conta.

Confira uma apresentação de tecido da banda O Teatro Mágico no vídeo abaixo.

O tecido é uma das atividades que compõe a grade da disciplina de educação física do Colégio de Aplicação João XXIII, desde 2009. A atividade teve início como projeto de extensão, junto a outras práticas circenses, e hoje participam alunos do 3º, 5º e 6º ano do ensino fundamental e alunos do 2º ano do ensino médio. O professor de educação física do colégio, Samuel Moreira de Araújo, destaca a importância dessas atividades em complemento ao que é oferecido pela disciplina, e afirma que apesar de ser uma atividade diferente, consegue-se trabalhar competências e habilidades presentes nos esportes. “Em um jogo de futebol, por exemplo, você depende essencialmente do seu colega para ter êxito, concluir a jogada e fazer gol. Na acrobacia é idêntico, você precisa do seu colega, precisa confiar nele, pois ele será seu suporte para fazer uma pirâmide humana. Acho que das duas formas podemos trabalhar a coletividade e o companheirismo”, argumenta Samuel.lirajv

Apesar da boa aceitação pelos praticantes, o tecido ainda é uma novidade, tanto quanto a lira, outra modalidade da acrobacia aérea. Na lira, além do pano pendurado no teto, utiliza-se um arco para desenvolver os movimentos. A professora Carolina Furtado Campos, também do Espaço da Dança, está com um projeto de aulas de lira em fase experimental.  “Como é bem recente, deve ter uns 2 meses que apresentei a lira para os alunos de tecido, ainda estamos agendando aulas. Mas a ideia é que tenha inicialmente aula de 1:30h de duração, visto que tem alguns alunos interessados”. As aulas também podem ser procuradas por iniciantes. “A força necessária é adquirida a cada nova aula. Quando vemos alguém realizando um truque no tecido ou na lira, parece fácil. Quando tentamos pela primeira vez, parece quase impossível (risos). Mas na verdade é totalmente possível. Com certeza não é fácil. Entretanto, sem dúvidas é apaixonante. O desafio nos move. Fora a adrenalina das quedas”, conta Carolina.

Para quem se interessou pela acrobacia aérea, a aluna de tecido, Juliana Stempozeskas deixa um convite.

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